Friday, October 24, 2008

As verdades

Eu e meu grande dilema “O Amor”:

E quando ele é verdade, e quando ele esbarra no preconceito, daí ele existe, e tá perto e te pega. Sempre sonhei em amar e ser amada, sempre.

Não me acostumo com a verdade, e quando aparece me parece confusa, é hoje que eu me deparo com a minha fragilidade, e quando é verdade, e quando?

Tuesday, August 05, 2008

Todo diretor de escola e padre é...


A autora de Harry Potter acabou com os rumores sobre a opção sexual de um de seus personagens: o mágico e diretor da escola Hogwarts. J.K. Rowling contou que Alvo Dumbledore é gay.

Mas será que isso de fato é relevante?

Eu sempre me atraso ao me interessar por algo da “ modinha”, sei que Harry Potter ta mais que passado ( mentira! Fãs ardorosos esperam suas novas aventuras ).

Algum parente bem próximo do Aurélio ou dos imortais da Academia ta saindo com a gostosa burra do meu trabalho, pois tiraram todos os acentos e lá vem o Ferreira Gullar dizer que “crase não é feita para humilhar ninguém”.

Todos estão transando com a secretária gostosa.

Viva a literatura!!!!!

To lendo o Brecht e seu senhor K.
O Senhor K. e os Gatos
O Senhor K. não gostava de gatos. Não lhe parecia que fossem amigos do homem, e portanto não era amigo deles. «Se tivéssemos os mesmos interesses», dizia, «a sua atitude hostil ser-me-ia indiferente.» No entanto, o Senhor K. ficava contrariado se tivesse de fazer os gatos saltarem da sua cadeira. «Deitarmo-nos a descansar é um trabalho», dizia, «e deve por isso ter êxito.» Por outro lado, quando os gatos se punham a miar atrás da porta levantava-se da cama, mesmo que fizesse frio, e deixava-os entrar para o quente. «O cálculo que eles fazem é muito simples», dizia. «Quando chamam, alguém vai abrir-lhes a porta. Quando deixamos de ir abrir-lhes a porta, deixam de chamar. Logo, chamar é um progresso.»Bertold Brecht

Thursday, July 17, 2008

Aí se tu soubesse...







Se eu conseguisse compreender:

A minha falta de atitude;

Meu chefe;

Meu IPOD;

Meu coração;

Deus;

Carinhos;

Meu metabolismo;

Aí sim, eu seria uma pessoa controlada.

Thursday, January 24, 2008

Eu, Dragão.

Dura, amarga, reprimida, deprimida, repressiva, fria, seca, me defino assim, tenho me visto assim, sem exalar qualquer inspiração, cheiro, apenas horror eu e meus dragões como dizia Caio Fernando Abreu, eu comendo baratas relembrando a Clarice Lispector.

Nada mais me assusta tanto, meu coração parece um frigorífico, tenho tolerâncias às atitudes mais dantescas, não me assusto mais tão fácil, tenho ódio, sinto rancor, me vejo abandonada, me cortei e nem senti dor, nunca me doei e não pretendo doar mais nada. Acredito que a minha doença é incurável, meu humor irreversível e meu amor abandonado.

Não acredito em ninguém, vivo de querer sair correndo, não sinto saudade, fico enclausurada, gosto da clausura, acostumei sofrer, como disse me cortei e nem doeu, é tétano na alma, é lepra de ilusão, é solidão na essência da flor, sou eu, apenas e como sempre foi, sem mais.

Hoje em dia se vejo um cão morto na rodovia, permaneço olhando tal horror, o mesmo acontece se for um homem, uma criança, um velho, um abacate, nada acontece, apenas um aglomerado e ao fundo o meu MP3 tocando “... vou pela estrada e cada estrela é uma flor, mas a flor amada é mais que a madrugada e foi por ela que o galo cocorocó...”.

“Não tenho nenhum dragão. E, ainda que tivesse, ele não moraria comigo nem com ninguém. Para os dragões, nada mais inconcebível que dividir seu espaço - seja com outro dragão, seja com uma pessoa banal feito eu”.

Sunday, December 23, 2007

Qualquer ano novo, como todos os outros
















Ano novo, seleção de IPOD nova ( apesar de ter um MP3 vagaba mesmo), lá vai:

A peruana Susana Baca:

Apontada pela crítica como a grande embaixadora das tradições mestiças afro-peruanas, Susana Baca apresenta em concerto o mais recente trabalho “Travesias”, que surge quatro anos depois do álbum "Lamento Negro" (2002) que lhe valeu um Grammy. Na bagagem, a cantora peruana traz canções em castelhano, francês, inglês, italiano e até uma em português: Estrela, que no disco se ouve interpretada em dueto com Gilberto Gil, seu autor.

Lhasa de Sela:

Da infância entre os EUA e o México, ficou-lhe o gosto pela liberdade, bem como pela música francesa e italiana. “La Llorona”, o primeiro disco, jogava com uma personagem mítica, “The Living Road”, o segundo, centra-se na metáfora da vida como um caminho, com temas cantados em espanhol, inglês e francês.

Susheela Raman :
Aqui viaja-se entre Sidney e Inglaterra com longa passagem pela Índia. Susheela nasceu em Londres, cresceu em Sidney e passou muito tempo na Índia. Bebeu todas as influências da língua inglesa, que usa mais do que nunca neste «Music For Crocodiles», não perdeu o balanço dos blues que cantava em miúda, e serve-se da musicalidade dos instrumentos e cultura indiana.


Monday, September 03, 2007

Vou descendo por todas as ruas, E vou tomar aquele velho navio



Hoje, mais uma segunda – feira como tantas outras, decidi escrever logo cedo, uma certa melancolia bateu e me lembrei do passado, dos amigos e da vida em outra época, com outros sonhos, uma vontade de ir embora pra não sei onde e nunca mais voltar.

Ainda me lembro de alguns planos como morar fora, fazer cursos de arte em algum lugar do mundo, passear em qualquer parque da Europa, lavar louça nos Estados Unidos, enlouquecer no Canadá ou simplesmente dançar nos carnavais da Bahia, tudo era possível. No café do fim de tarde do domingo, logo após a sessão de cinema, as discussões políticas e as aspirações e inspirações que surgiam, os violões e as fogueiras “perto do fogo como faziam os Hippies...”, tenho medo do futuro.

Vapor Barato
Jards Macalé & Wally Salomão

Oh, sim, eu estou tão cansado

Mas não pra dizer que não acredito mais em você

Com minhas calças vermelhas

Meu casaco de general

Cheio de anéis
Vou descendo por todas as ruas

E vou tomar aquele velho navio

Eu não preciso de muito dinheiro (graças a Deus!)

E não me importa honey
Oh minha honey baby baby honey baby


Oh, sim, eu estou tão cansado

Mas não pra dizer que eu estou indo embora

Talvez eu volte um dia

Eu volto

Mas eu quero esquecê-la

Eu preciso


Oh, minha grande, oh minha pequena

Oh, minha grande obsessão
Oh minha honey baby baby honey baby

Tuesday, August 21, 2007

Máscaras


Foi então que percebi que não usávamos máscara. Lembrei que tinha lido em algum lugar que a dor é a única emoção que não usa máscara. Não sentíamos dor, mas aquela emoção daquela hora ali sobre nós, eu nem sei se era alegria, também não usava máscara. Então pensei devagar que era proibido ou perigoso não usar máscara, ainda mais no Carnaval. Caio Fernando Abreu, in Morangos Mofados


-->